Cachorros treinados ajudam alunos do CIER em tratamento

Projeto Pet Terapia visa aumentar motivação do paciente; em fase inicial, projeto acontece dentro da sala de aula com cinco alunos
Estudantes do CIER (Centro Integrado de Educação e Reabilitação Romildo Pardini), órgão da Secretaria de Educação da Prefeitura de Hortolândia, ganharam dois novos amigos: Laila, uma cadela da raça Lhasa apso, e Arthur, um Collie. Cinco alunos deficientes, atendidos na unidade, iniciaram o projeto Pet Terapia com cachorros. O objetivo é proporcionar um tratamento complementar, que busca, por meio do vínculo com o animal, aumentar a motivação do paciente em relação ao tratamento e consequentemente o progresso terapêutico, além de conquistar a confiança das crianças que necessitam de tratamento dentário.
As atividades são realizadas inicialmente em uma sala de aula, durante 50 minutos. Futuramente serão incluídas mais salas. O projeto está em fase de implantação e mobiliza, nesta primeira etapa, meninos com perfil variado: alguns são autistas, outros têm parasilia cerebral e deficiência intelectual. A TAA (Terapia Assistida por Animais) geralmente é utilizada em casos como autismo, hiperatividade, dificuldades no processo de aprendizagem (em especial nas crianças), hidrocefalia, lesões causadas por traumatismos ou AVC (acidentes vasculares cerebrais) e deficiências físicas, e também auxilia no desenvolvimento de pacientes com Síndrome de Down.
De acordo com a secretária de Educação, Cleudice Baldo Meira, o cachorro reúne características que o torna apto para interagir com alunos, em especial sua prontidão em oferecer afeto e contato táctil em todos os momentos e situações, aliada à confiança que desperta. "Os alunos estão mais ativos e a proposta em despertar sensibilidade e cuidados com os animais está fluindo muito bem. Além disso, a afetividade está alinhada ao cuidado e melhorias dos alunos”, destacou Cleudice.
A diretora do CIER, Zilda Rodrigues Rossi, comentou ser emocionante ver a reação expressiva das crianças. "O projeto nasceu da necessidade de conquistar as crianças e fortalecer os vínculos entre a dentista e a terapeuta ocupacional. Inclusive, os animais são dela. A ideia é garantir a confiança dos alunos para alcançarmos sucesso nos tratamentos", avaliou Zilda.
De acordo com a terapeuta ocupacional, Ana Paula de Castro, o contato das crianças com os animais estimula a socialização, vinculação e afetividade. “ A nossa proposta é também acalmar as crianças para que a dentista possa fazer o tratamento dentário que cada um necessita”, disse Ana Paula.
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