Peça “Andêmos” faz últimas apresentações em Hortolândia

Espetáculo poderá ser assistido, nesta sexta e sábado (25 e 26/05), no auditório da Emef Marleciene Presta Bonfim, e no Instituto Federal, segunda-feira (28/5)
Quem não assistiu à peça teatral Andêmos, da Companhia Gato Coletivo, ainda tem tempo de conferir o espetáculo nesta sexta-feira e sábado (25 e 26/05), às 20h, no anfiteatro da Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Marleciene Presta Bonfim, localizado na rua Maria Lourdes C. Cancian, 92, Remanso Campineiro, e segunda-feira, às 10h30, no Instituto Federal de São Paulo, localizado na Avenida Thereza Ana Cecon Breda, s/n, Vila São Pedro.
A peça foi escrita baseada no olhar de 15 moradores que dispuseram comentar sobre suas chegadas no município. Os depoimentos foram colhidos pelos atores da companhia Gato Coletivo, que buscaram informações que contrastassem com a história de Hortolândia. No palco, os atores e os músicos revezam-se em diversos personagens na brincadeira de contar e recontar as histórias daqueles que saíram da sua terra natal.
Durante o espetáculo, os músicos instrumentistas executam artesanalmente, ao vivo, uma apresentação para retratar fielmente os versos da música rural paulista (ou samba de bumbo) e acompanham o ritmo de viola e dança catira, características tradicionais da cultura popular do município, além de incorporar na cena o sax e a flauta em uma montagem que liberta o ator para transitar entre os personagens e dialogar com o público, colocando-o em relação com suas memórias e vivências.
De acordo com o secretário de Cultura, Esportes e Lazer, Francisco Raimundo da Silva, a Prefeitura tem trabalhado muito no fomento das expressões artísticas do município. “A Administração também busca manter diálogo com o Governo do Estado para solicitar que espetáculos aprovados pelo Proac sejam apresentados para a população de Hortolândia”, destaca o secretário.
Sobre a Companhia Gato Coletivo
Ao completar 10 anos em 2017, a Companhia Gato Coletivo recebeu de presente a premiação do Projeto “Aqui somos todos migrantes”, pelo edital de produção de espetáculo inédito, por meio do Governo do Estado de São Paulo.
O grupo, criado durante uma roda de conversa dentro da sala de aula, até hoje renova seu elenco ao mesclar adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade social, atores profissionais, não atores, pessoas que se interessaram pelo tema, pela gestão coletiva do grupo, pela metodologia do teatro do oprimido e, principalmente, pessoas que queria expressar-se por meio do teatro.
A transferência da sede de São Paulo para Hortolândia, em 2011, resultou numa combinação com sabor de comida mineira: jovens atores, velhos militantes do teatro e músicos da cena numa panela-sala de ensaio aquecida por memórias pessoais e coletivas, com notas de cultura caipira e um punhado de “sustância artística”.